Richard Soares

sábado, 24 de dezembro de 2011

RESUMO DE 2011

Final de 2011! Com certeza o meu melhor ano como atleta e um dos melhores anos da minha vida pessoal. Realizei um sonho antigo de viajar para o exterior e de quebra fiz isso duas vezes. Gostaria de em primeiro lugar agradecer a DEUS por me dar saúde e de seguir em frente comigo, agradecer também a minha querida esposa pelo seu apoio incondicional. Agradecer ao meu patrocinador "CONTAUTO" por mais uma temporada. Aos meus apoiadores Laboratório Tommasi, Dr Marcelo Lodeti e Dr Gustavo Pilon. Aos amigos que torceram por mim e ao meu grande parceiro de treinos Léo Bariche. 


Resultados de 2011:


Janeiro: Realizei minha primeira prova internacional no Chile em Pucon. Infelizmente a prova virou um duathlon devido as condições adversas do dia, uma experiencia incrivel para mim, pois fez muito frio, abaixo de 0º e ainda caiu granizo. 


Fevereiro: Triathlon Internacional de Santos, realizei meu melhor triathlon olímpico sem vácuo e consegui ganhar pela primeira vez de um grande amigo e referencia pra mim Gerardo Perreira.


Abril: Long Distance Caioba, fiz o meu melhor tempo nessa distancia 4h18min.


Maio: Ironman Brasil, fiz o meu melhor tempo em 5 participações e de quebra um sub 10 horas; 9h54min


Junho: Maratona de SP, corri a minha primeira maratona isolada 3h32min. 


Julho: Maratona do RJ, viajei para o Rio de bike (3 dias) e na sequencia corri a maratona 3h46min. 


Novembro: Super Tria, minha segunda viagem para o exterior, desda vez para o Uruguai! Apesar de ter quebrado na corrida fiz o meu melhor resultado geral na distancia 24º lugar geral, saindo em 6º lugar da natação, fechei com 4h50min. 5 dias depois eu realizei outra viagem de bike, desta vez para Belo Horizonte e na sequencia corri a Volta Internacional da Pampulha, 1h26min. 


Dezembro: Triathlon de Confraternização, prova organizada por mim! Terminei na 4º colocação geral, mas cheguei a ficar em 2º lugar em boa parte da prova. Muito legal porque consegui reunir quase todos os triatletas do ES. 


Em resumo foi isso, que venha 2012 com muito mais provas e mais crescimento! Desejo a todos um feliz natal e um 2012 repleto de muitas realizações para todos os habitantes desse planeta. 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

TRIATHLON DE CONFRATERNIZAÇÃO

Fechando a sequencia finalizei o meu ano esportivo dia 10 de Dezembro na prova de Confraternização dos Triatletas. Esse ano foi eu quem organizou o evento, e isso fez com que eu só fosse dormir as 2:30 da manhã arrumando as coisas restantes para o evento. Como tudo era festa não me estressei muito o que pra mim já foi uma grande evolução já que nos últimos anos eu melhorei bastante esse stress e ansiedade pós prova. 

As distancias foram 1300 - 64 - 12 e eu finalizei a prova na quarta colocação, perdendo a terceira a uns 300 metros da chegada. O meu desgaste foi grande nesses últimos dias de novembro e inicio de dezembro pelos desafios citados anteriormente. Isso me gerou também uma lesão no meu tendão de aquiles que piorou após essa prova. Agora e descansar um pouco e me recuperar para o ano que vem. Mais detalhes da prova no site: www.associacaodostriatletas.com.br 



quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

DESAFIO VITORIA VS BH DE BIKE + VOLTA DA PAMPULHA

Olá!
Tando sequencia ao meu planejamento no calendário de provas eu parti para outro desafio, ir de Vitoria até Belo Horizonte de bike e correr a Volta da Pampulha na sequencia. Eu cheguei da minha viagem no Uruguay na terça-feira as 22:00 horas vindo de uma viagem bem cansativa, trabalhei normalmente na quarta-feira e na quinta-feira pela manhã parti com os amigos. 

O detalhe e que eu e meu amigo Léo Barriche estávamos preocupados com a viagem, pois em Vitoria não parava de chover. Decidimos então sair de casa e caso a viagem se tornasse perigosa entraríamos no ônibus e voltaríamos para casa. Essa e uma lição que eu particularmente sempre me esqueço! "Devemos sempre tentar antes de desistir afinal o gosto amargo de nem sequer tentar pode te deixar meses com isso na cabeça" 

Bem, partimos então na quinta-feira junto com outro grupo de amigos ciclistas dentre eles meus grandes amigos Marcelo Oliveira e Jéferson Cabral (O velho) entre outros colegas. Saímos sem chuva, mas preparados com os cortas ventos e as capas de chuva. 


No primeiro dia quinta-feira dia 01-12-2012 fizemos Vitoria-Ibatiba (168 km). Essa distancia foi iniciada na policia federal de Viana. 

Pegamos chuva de Paraju até Pedra Azul na hora do almoço. Estávamos todos bem sujos e com muita areia na roupa e nas bikes. Depois do almoço o clima ficou agradável, finalizamos a ultima serra pra depois descer cerca de 13 km de pura adrenalina até chegar em Ibatiba ultima cidade do ES antes de MG. 

2º DIA Ibatiba - Rio Casca (MG) 155 km

Esse dia foi osso, pois logo pela manhã dentro do hotel a forte chuva caia sem previsão de parar. Saímos assim mesmo meios frustrados mas dispostos a cumprir nossa missão. Nessas horas a sensação que eu tinha era apenas uma "se eu passar por isso tudo não há nada e nem nenhuma situação que me impeça de largar em qualquer prova". O ruim desse dia foi que o meu amigo Barriche quebrou totalmente o seu cambio traseiro dendo que esperar o carro que vinha de trás 1 hora depois que a gente deixava o hotel. Nesse momento estava chovendo e eu fiquei com ele. Todo mundo passou e eu fiquei ali, quando o carro chegou já tinha se passado 40 minutos, então como eles iam para cidade pra tentar consertar a bike eu não tive escolha tive que entrar no carro por 8 km até pegar o ultimo ciclista. A galera me zuou um pouco por eu ter pego o carro, mas eu não podia deixar o meu amigo ali sozinho e quando o carro chegou eu ficaria por ultimo na estrada chuvosa e caso acontecesse algum acidente ou problema mecânico não haveria mais ninguém a passar por mim. 

Barriche conseguiu comprar um cambio traseiro novo e encontrou com a gente na hora do almoço de onde seguimos novamente juntos. O clima melhorou e o forte sol chegou melhorando a viagem. O primeiro dia foi duro e sentimos o cansaço da prova ainda do Uruguay, mas depois do almoço o corpo se transformou e andamos forte até Rio Casca em um ritmo alucinante. 



3º DIA 03-12-2012 Rio Casca - Belo Horizonte (188 km)

Foi o dia mais longo da viagem e com a maior quantidade de subidas, Eu e Barriche saimos um pouco antes da galera pra deixar os caras ansiosos, afinal todo mundo queria chegar primeiro e os ciclistas Marcelo Oliveira, Cabeça e Val estavam andando muito e nós não teriamos qualquer chance de acompanha-los. Partimos então com o objetivo de chegar na grande serra do Macuco primeiro, mas fomos ultrapassados bem antes dela...rs. 

Seguimos viagem e paramos para almoçar em João Molevade, faltando 100 km para BH. Na hora do almoço eu me perdi do grupo junto com Sandro Mala, então almoçamos em outro restaurante. Logo que acabamos eu decidi partir direto sem enrolar muito, Sandro ligou para o grupo e foi encontrar com eles no outro restaurante. Eu que não sou bobo, aproveitei a oportunidade de ir embora sozinho e construir a minha vantagem até BH. 

Logo depois dessa cidade a gente desce uma grande serra a cerca de 60-70 km/h e nesse momento o meu cataye parou de funcionar. Parei pra consertar, mas acho que a chuva deixou ele com mal contato. 


Desci mais um pouco até aparecer um restaurante onde eu resolvi parar para esperar a galera e seguir com eles mesmo, então parei e aproveitei pra chupar um picolé da kibon de brigadeiro...rs Esperei por 15 minutos até eles passarem e não me verem, sentei rápido na bike e comecei a descer denovo atrás de todos. 


Nesse embalo eu só sei que fui passando um por um até olhar para trás e não ver mais ninguém, assim, aproveitei pra andar mais forte e fiz isso por 40 km sozinho até ouvir um grito que vinha de trás. Quando olhei era o Léo Barriche! Ele havia deixado os caras pra trás e assim seguimos juntos com todo gás até chegarmos em Belo Horizonte sozinhos. Foi uma viagem incrível e muito divertida. 


Tomamos um banho ali mesmo no posto e aguardamos por ali por cerca de 2 horas até conseguirmos um caminhão bau para levar a gente até perto do centro de BH de onde seguimos de bike denovo por cerca de 5 km até a rodoviária, pois o caminhão não podia trafegar. 


Seguimos para um hotel simples ali perto e la aguardamos até o dia seguinte para correr a Volta da Pampulha. Estávamos bem cansados e quebrados mais felizes e contentes pelo desafio que ainda não tinha acabado, só para os ciclistas kkkkkk


Acordamos no domingo e comemos apenas um pão de sal com margarina, pois o café da manhã do hotel só tinha isso e café...rs


Chegamos de táxi e largamos bem atras de forma tranquila e confortável, pois o único objetivo seria completar a prova que assim foi feito. Completei a prova com 1h26min! Gostei muito da sensação desse desafio, o meu corpo sempre responde bem apos varias horas de atividade física, então que venha o Ultraman. 



quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

SUPER TRIA

Olá Pessoal!
Como consequência de muitas viagens acabei ficando um tempo sem escrever. Pois bem, agora que acabou e vamos ao que enteresa. Minha ida para o Uruguay foi demais, pois viajar com os amigos e sempre bem legal. Viajei com Léo Barriche, Marcelo Vervloet e João Vitor Novaes para Piriapolins no Uruguay, uma cidade há cerca de 100 km da capital Montevidéu. Chegamos na quinta-feira pela tarde a após fazermos o almoço no MC Donalds partimos no nosso transfer em direção a Piri. 
Um lugar meio esquisitinho para os padrões que estou acostumado, mas super legal de se conhecer. Ficamos hospedados no hotel Argentino. O hotel era bem legal, foi fundado na década de 30 e preservava toda a sua arquitetura da época, mais a sua decoração. Na sexta-feira montamos as bikes e temos um role no percurso da bike e logo ficou claro que teríamos um ciclismo duro, pois não havia nenhuma parte totalmente plana. 

A prova foi disputada no sábado e com a largada sendo ao meio dia, coisa que com certeza não estamos acostumados...rs No começo não gostamos da ideia, mas depois achamos até legal já que ficamos acordados até tarde e nesse caso poderíamos acordar um pouco mais tarde e sem aquela adrenalina no café. 

O dia chegou e descemos as 9:40 para o café que não era lá uma maravilha mais nos atolamos de pãezinhos de sal com geleia e suco e foi só...rs Subimos para o quarto para o apronte final e nós dirigimos para a areá de transição do evento. O dia estava quente e bem seco e com um ventinho meio chato. 

A PROVA
A largada aconteceu tranquila pra mim, me encaixei bem na aguá, longe de outros nadadores e consegui fazer a minha natação assim até o final desta etapa. Foi a minha melhor natação em provas nessa distancia, apesar de logo sentir que havia mais de 1900, talvez uns 2200, pois o meu tempo foi muito alto 32:54. Sai em 7º lugar geral da aguá. 


Na T1 senti os braços meio inchados e tive certa dificuldade para tirar a minha roupa de borracha. Sentei na bike e não me senti como de praste, mas tive paciência. Logo quando sai da avenida da Praia peguei uma pequena ladeira ao qual dois atletas me passaram e eu preferi não ir junto, pois precisava me estabilizar primeiro ao pagar um preço maior lá na frente. Segui assim meio mal durante um bom tempo e pretendo posições constantemente até ficar em 13º. 

Meu pedal começou a melhorar um pouco, mas eu comecei a sentir fome, afinal o meu organismo está acostumado a estar bem alimentado nesse horário do dia e parece que o café da manhã não segurou a onda. Meus liguidos das caramanholas estavam quentes, devido a ficar muito tempo na areá de transição e pelo calor. Isso fez com que quando chegasse ao estomago me causasse um certo enjoo. Bem, segui o pedal assim, mas minhas duas ultimas voltas foram as melhores pois andei mais rapido que todas anteriores. Me animei e parti para a T2. 



Na T2 eu não sabia mais em que colocação eu estava, somente que estava entre os 20 primeiros, então tratei de me animar e partir para a corrida. Fiz a primeira metade da meia maratona bem, passando pra 45 minutos. Na sequencia não foi a mesma coisa eu voltei a sentir o enjoo dos liguidos e do gel que eu havia engerido e tudo foi por agua'baixo. Resultado, tive que parar pra vomitar e minha pressão caiu um pouco, fiquei chateado mas logo tratei de me animar afinal eu também estava curtindo a viagem. O sofrimento bateu juntamente com o calor e eu fui alternando trote com caminhada até o final, fechando a segunda metade pra 1h05min. 


Fechei a prova com 4h50min e ainda consegui a 24º colocação no geral! Haviam 150 atletas inscritos na prova. Ficou o aprendizado de mais uma prova e a certeza de que estou no caminho certo para andar ainda mais rápido daqui pra frente. Iniciei um trabalho recentemente com o técnico Carlos Moraes de SC e não consegui encaixar bem os treinos passados por ele, mas ano que vem será diferente já que não terei que trabalhar em outro município o que me atrapalhou no momento. Mais informações no site oficial do evento: www.supertria.com




terça-feira, 1 de novembro de 2011

BUSQUE A SUA EVOLUÇÃO

De fato os tempos mudaram! Nosso estilo de vida de hoje se baseia quase que sempre no crescimento constante do consumo. Somos uma civilização que faz do consumo o motor do progresso. Se você tem, vc e o máximo, senão tem, eu lamento! E claro que eu não penso assim, mas 90% das pessoas sim.

Progresso e possuir mais, e nós acabamos por engolir isso das ferramentas de marketing e ofertas tentadoras que nós bombardeiam de novos produtos. Você poderia ser feliz sem o carrão da moda? Sem aquele celular mais moderno? E dificil dizer não as tentações, enquanto e possível porque não? 

Continuar a consumir nesse ritmo desenfreiado e produzir efeitos negativos a curto e a longo prazo. Devemos nós questionar sobre o valor do dinheiro, sobre o sentido da economia e sobre as condições de equilibrio para a felicidade individual!

Porque estou falando nesse assunto numa pagina dedicada ao esporte? Simples! Porque tem tudo a ver com quem faz esporte por estilo de vida. A diferença de quem realmente faz um esporte levado a serio, e que faz esse esporte pra "Ser" e não pra "Ter".  O que faz alguém de fato ser feliz e o "ser" e não o "ter"!

Estou indo para o meu setimo ano no triathlon e hoje percebo o quanto e importante para minha vida continuar treinando. A ferramenta do triathlon me fez enxergar que eu não posso nunca deixar de treinar pelo resto da minha vida. O esporte me transformou! O esporte me fez uma pessoa melhor, me fez perceber que eu preciso de pouco pra sentir prazer, ser feliz. Ao mesmo tempo que fazer esse pouco pode me derrubar de vez em quando. Sim, mesmo quando gostamos de alguma coisa como eu gosto do triathlon, as vezes tem dias que a gente não ta nem um pouco afim de treinar. Quantas vezes eu já sai pra treinar sem querer fazer aquilo naquele momento, mas também foram muitas vezes que eu voltei deste mesmo treino super satisfeito e com outro astral. 


E verdade, o triathlon tem esse poder de nós transformar em pessoas mais forte e mais bem preparados para enfrentar e aceitar os desafios da vida. Dinheiro e bom pra conseguirmos algumas coisas boas como a própria pratica dos esportes que fazemos, mas ser escravo do dinheiro já e demais.  




quarta-feira, 5 de outubro de 2011

SUPERTRIA

No dia 26 de Novembro estarei disputando a minha segunda prova internacional, desta fez no Uruguai!
Segue ai uma amostra da prova lá...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

TRIATHLON NA PISCINA, ALTO NIVEL!

Tava oçlhando uns videos e achei essa provinha triathlon que teve largada numa piscina de 50 metros, só tem pro casca grossa! 


 

domingo, 14 de agosto de 2011

Contrato Renovado

Oi Pessoal!
Essa semana tive a noticia através da minha assessora jurídica e minha esposa Jandiara Rosa Passos que meu contrato de patrocínio com a empresa "CONTAUTO" será renovado por mais dois anos no próximo mês de Setembro. Fiquei muito feliz com a noticia por saber que poderei continuar com novos projetos no esporte. E a primeira vez que terei um contrato assinado por dois anos seguidos.

Minha historia com a "CONTAUTO" começou em 2006, logo depois que completei o meu primeiro Ironman em Floripa com apenas um ano e três meses de triathlon. De lá para cá já se foram 5 anos e 47 provas de triathlon disputadas, dentre essas 5 Ironmans 3 Ironmans 70.3 e 8 Long Distances entre outras provas menores. 

A minha meta sempre foi chegar ao Ironman do Hawaii e continua sendo, mas outro desejo perturba minha cabeça, que e fazer um Ultraman. Então agora vou pensar direitinho em qual prova vou colocar minha energia e agir. 

Queria deixar aqui o meu agradecimento ao empresário Apolo Rizk e a empresa por me proporcionar mais dois anos de contrato. Tenho certeza que os meus melhores resultados ainda estão por vir. 


quinta-feira, 21 de julho de 2011

DESAFIO VITORIA - RIO DE JANEIRO + 42 KM

Faz tempo que não escrevo! Pois bem, pós Ironman eu fiquei alguns dias sem treinar até a Maratona de SP, pra não dizer que não treinei foram 4 treinos de trote, afinal eu precisava tirar uns dias de ferias. Eu fechei a prova em 3h32min quebrando no km 31! Após essa prova eu decidi que largaria também na maratona do Rio de Janeiro e todas outras que eu pudesse até o final do ano.

Então, devido há algumas dores que vim a sentir na canela depois da maratona de SP eu fiquei literalmente sem treinar, foram apenas 2 treinos de trote também. A maratona chegava e eu não tinha ideia de como seria largar, mas já estava com as passagens e a inscrição feita. Meu objetivo de largar em maratonas esse ano era somente um "Melhorar a minha maratona no Ironman". 

Então uma semana antes de viajar eu ia fazer um treino de 15 km pra sentir como estava a canela, mas no 2 km a dor já estava lá me perturbando. Foi quando eu encontrei meu amigo Robinho pedalando na orla e decidi pedalar com ele ao invés de correr. Durante o treino de 130 km em uma conversa eu lancei a proposta de ir de bike até o Rio de Janeiro e correr a maratona. Deixamos tudo marcado e que partiríamos na quinta-feira as 5 horas da manhã. 

Na quarta-feira quando fui ligar para ele pra confirmar o grande desafio, tive uma surpresa! Robinho me disse que sairia na quarta-feira e que não iria mais na quinta. Eu fiquei irritadissimo e puto da vida com ele, pois havíamos combinado de outra forma, mas pra quem conhece a figura, sabe que ele gosta de aprontar umas surpresas com quem viaja com ele de bike hehehe. Em sua justificativa, ele me disse que eu precisava sair de casa sozinho e que isso me traria uma experiência única, de vencer o medo e enfrentar os desafios da BR 101 só. Eu confesso que fiquei com medo de ir sozinho, mas ao mesmo tempo com raiva dele por me deixar pra trás, ele afirmava que eu não iria, pois não tinha a coragem, que eu era um mariquinhas....rs

Então eu decidi que iria de qualquer jeito com ele ou sem ele, pois a minha vontade de vencer esse desafio era tão grande que eu não poderia deixar passar a oportunidade. Então nessa mesma quarta-feira as 15 horas da tarde o próprio passou em minha casa para se despedir de mim e me mostrar que realmente ele estava de partida. Então ele partiu e me disse que nós encontraríamos na estrada no dia seguinte.

1º DIA
Eu parti então na quinta-feira, as 5 horas da manhã eu já estava pedalando na escuridão. Com pouco mais de 3 horas de pedal eu cheguei no município de Iconha e com um pouco de sorte eu encontrei o Robinho antes de entrar na cidade. Eu já tinha rodado pouco mais de 90 km e estava com 31 km/h de media. Eu estava disposto a andar o tempo todo forte, seguimos juntos até Campos fazendo um total de 250 km em 9 horas, com a bunda já doendo no selim...rs Ficamos em um hotel horrível, pois na frente tinha um bar com um karaoke que tocou a noite toda não nos deixando descansar...kkk Dormimos muito mal e não conseguimos acordar no horário que programamos, perdendo tempo pra sair.


2º DIA
Quando se faz uma viagem dessas e muito importante começar a pedalar bem cedo pra se ter uma folga, caso aconteça algum contratempo durante o pedal. Já não bastasse o nosso atraso pra acordar, ainda tivemos que parar em uma loja pra consertar um defeito na bike do Robinho, pois suas marchas traseiras não estavam funcionando corretamente. Depois paramos no Walmart pra tomar café, sentamos na calçada do supermercado e ali tomamos o nosso café da manhã composto por: pães de sal com queijo e peito de peru, leite de soja de manga, iorgute activia e um iticoco pra dar uma energia...rss

Partimos então para Casemiro de Abreu as 10:30 da manhã num total de 140 km, pegamos muitas carretas nesse trecho com muito risco de atropelamento. Quando varias carretas passavam ao nosso lado, a velocidade era tão alta que embalava nossas bikes pra frente. Paramos para almoçar, durante 1 hora e seguimos em frente. O corpo já sentia muito o cansaço, mas em muitas vezes eu tinha que fazer mais força, pois meu parceiro insistia sem êxito em me deixar para trás...rs

Faltando alguns kilometros para chegar em nosso destino pegamos um grande engarrafamento o que prejudicou um pouco a nossa velocidade, já que com a fila de carro parado ao lado, todo cuidado era pouco, pois a qualquer momento alguém poderia abrir uma porta ou algum motorista poderia resolver entrar para o acostamento pra cortar a fila. Seguimos em frente, com um ultimo ataque de Robinho, novamente, pelo lado contrario da pista para tentar chegar primeiro no destino. Mais uma vez não adiantou, eu neutralizei e cheguei primeiro do que ele. O que era pra ser uma viagem tranquila acabou virando uma corrida, mas pra quem conhece a figura eu não poderia deixar ele chegar na minha frente, senão eu iria ouvir a vida toda ele tirando onda que deu na minha cabeça kkkk.

Chegamos as 17 horas e alguns minutos na cidade, famos ao banco sacar um dinheiro e logo nós alojamos em um hotel próximo a rodovia para facilitar a saída no dia seguinte. Depois que eu tomei um banho, eu percebi como que eu já estava cansado, afinal já tinha rodado 390 km em dois dias!!! Esse volume eu não costumo rodar nem em uma semana, fico em torno de 250 km em media. Sai pra jantar em uma churrascaria e não polpei a barriga, comi muito, picanha, cupim, costela, coração, linguiça, macarrão, feijão, verdura, salada, coca-cola e uma torta crocante no final heheheh eu precisava de calorias!

Vamos para o hotel e eu consegui cochilar por uns minutos até as 23:00 horas. Quando abri os olhos vi que Robinho estava vindo da rua, havia acabado de comer um x-eggbacon e nem me chamou pra ir com ele....rs Tomei alguns goles de aguá e voltei a dormir.

3º DIA
O relógio tocou as 6 horas da manhã, o corpo cansado me pedia cama, mas eu sabia que por ser o ultimo dia e que teria uma maratona no outro eu teria que chegar o mais rápido possível, pois assim teria mais tempo pra comer e descansar até o domingo. Então me levantei rapidamente, tomei um hiper calórico, enquanto isso, Robinho, se levantava  atrasado e apavorado, pois sabia que eu sairia logo, mas ele não queria ficar para trás. Desci para encher as caramalholas enquanto ele se dirigia para tomar seu café da manhã no hotel.

Eu falei que não iria tomar café e que já estava de partida, fiz isso pra deixar ele para trás, assim como fez comigo na quarta-feira quando ele me deixou pra trás, saindo com um dia de antecedência. Sentei na bike e tratei de acelerar durante os primeiros 20 km, pedalei mais 20 km e então parei para comer um pão de queijo e tomar um caldo de cana e também para ir ao banheiro fazer o numero 2....rs. Faltava 60 km kilometros para chegar em Niteroi, então eu diminui o ritmo na esperança que ele me alcançaria. Eu ia esperar ele, mas como ele não apareceu eu continuei, até porque naquele trecho entre Manilha e Niteroi era um trecho muito perigoso para eu ficar ali parado esperando ele.

Cheguei em Niteroi as 11h40min e fui para a loja do Armando Barcellos! Quando eu entrei na loja todo mundo logo olhou pra mim, afinal ninguém chegá ali vindo de um treino de bike, então alguém me perguntou "você ta vindo de onde, onde você estava pedalando?" eu disse "Estou vindo de Vitoria-ES e amanhã vou correr a maratona" a loja toda se virou pra mim com os olhos esbugalhados!!!

Liguei para Robinho e combinei da gente se encontrar na praia de Icarai as 13:30, mas ele não apareceu. Então eu parti para praia de São Francisco para pegar as barcas e atravessar para o RJ. Essa praia fica mais pra dentro de Niteroi, eu já estava bem cansado e stresado, afinal já havia parado de pedalar e não tinha almoçado ainda, meu corpo fritava por dentro, dava pra perceber e sentir minha massa magra queimando. Quando cheguei nas barcas a surpresa! Ela só funcionava de segunda a sexta-feira, putz, eu teria que voltar tudo, até o inicio de Niteroi pra pegar a barca em outro ponto. Voltei tudo, cuspindo marinbondo, e ainda segurando uma sacola em uma das mãos, pois havia comprado um ténis para correr a maratona.

Chegando nas barcas, quem eu encontro no terminal? Robinho! kkkk Ele já havia ido até o local de encontro, mas havíamos nos desencontrado. Atravessamos para o RJ e vamos para um hotel no bairro do Catete encontrar com nossos amigos Henrique e Leo Barriche. Tomei banho, joguei tudo num canto e desci para almoçar as 16 horas. Entrei em um restaurante e meu prato pesou 1.200gr com muita carne mais uma fez...rs E no final minha fraqueza era tanta, que ao invez de comer somente um pedaço de algum doce eu fiz uma marmita de doce, isso mesmo, um marmitex daqueles de alumínio todinho cheio de doces...rss Torta crocante, mouse de chocolate, torta de coco com ameixa, pavê de chocolate e depois uma concha de chocolate derretido jogado por cima de tudo. Fui para o hotel e chegando la tracei tudo de uma só fez. Fiquei deitando o resto da tarde até a noite quando famos para o supermercado comprar um lanche e o café da manhã do domingo.



A MARATONA

Quando o relógio tocou as 4h50min da manhã, ninguém esboçou uma reação, todo mundo queria ficar dormindo, fiquei uns 10 minutos enrolando, mas me levantei logo. Já era 5 hora da manhã, e o nosso ónibus saia as 5h40min para a largada. Um banheiro pra 3 pessoas usarem de manhã e tenso né....kkk Enquanto Robinho insistia em ficar deitado e tentava convencer a gente de não largar, eu e Leo tratamos de nós arrumar e descer as 5h30min para pegar o ónibus. Eu estava como um zumbi, meu corpo estava completamente destruído e exausto, eu me perguntava o tempo todo como eu completaria esses 42 km. Saímos correndo, eu com uma sacola e duas fatias de pão e mais um litro de suco Ades de manga, tomei meu café no ónibus.

Chegamos na largada e outra surpresa! Não bastasse as duas vezes que eu fui no banheiro antes de sair...rss minha barriga parecia que ia explodir novamente pra fazer o numero dois hehehe Avistei um cara saindo do mato com um rolo de papel higiénico e lá fui eu pedir um pedaço...rss detalhe, o camarada era gringo, então só me restou apontar para o papel e rir...heheheh Em alguns minutos depois eu estava mais leve.

Parti então para a largada e assim eu fui, sem garmin, apenas na percepção de esforço e com a meta de fechar a prova entre 4-5 horas, afinal completar já seria um feito. Tudo foi fluindo e eu ia passando cada km com pace entre 5:40/55. Quando cheguei no km 15 as coisas melhoraram um pouco e meu ritmo melhorou um pouco chegando há 5 min por km. Fui assim até o km 29, quando as coisas começaram a realmente pegar pra mim. Minhas pernas endureceram e começaram a ficar pesadas além de queimarem até a alma.

Sabia que faltava pouco, mas esse pouco com dor dura uma eternidade. Tudo começou a piorar em questão de segundo e minha energia foi abaixo e as coxas dando frontais e posterior ameaçavam se romper, dar cãimbra etc. No km 37 eu não consegui mais sequer trotar, então caminhei, pois estava com credito pra isso. Passando no túnel de botafogo eu soltei uns gritos e me alto motivei abrindo um sorriso, voltei a trotar, durou poucos metros e voltei a andar novamente. Segui assim até o final, com trotinhos e caminhada e fechei a maratona em 3h46mim. A sensação foi muito boa, tão boa que talvez tenha sido mais saborosa que o Ironman que eu fiz a pouco tempo, pois foi uma batalha muito maior, vencer essa kilometragen e ainda correr uma maratona após alguns dias sem muita atividade foi muito mais difícil.

Tive um novo aprendizado em minha carreira desportiva, aprendi a me conhecer melhor e sei que o Ultraman não está assim tão distante! Agora e só uma questão de tempo.

Queria agradecer mais uma vez ao meu patrocinador!!!
 

domingo, 5 de junho de 2011

IRONMAN BRASIL 2011

Olá Pessoal! 
Depois de um bom tempo sem postar nada em função dos treinos e do tempo corrido ai vai...  
Esse Ironman foi muito importante pra mim, pois além de ser o meu 5º Iron eu tinha uma expectativa muito grande de fechar a prova abaixo das 10 horas. Em 2008 eu já tinha feito as parciais das três modalidades pra baixo das 10 horas, mas com a transição e uma penalização no ciclismo, me deixaram com 10h13min de tempo final e com a 17ª colocação na categoria. Em 2009 eu voltei a disputa mas passei longe e fechei a prova com 10h27min. Em 2010 eu fui apenas assistir a prova e não competi, mas deu pra aprender muita coisa apenas olhando os outros atletas. 


Enfim eu me escrevi para 2011 e vim contudo pra fechar a prova abaixo das 10 horas, pois era um sonho antigo meu, pois desde que eu iniciei na disputa em 2006 com o tempo de 11h34min meus amigos aqui do ES achavam que abaixo das 10 horas seria um absurdo de se conseguir. Eu tinha até a meta de conseguir a vaga para o Hawai, mas acho que dar um passo maior que a perna seria um exagero da minha parte já que eu não tenho um histórico desportivo, então primeiro eu tinha que fazer sub 10 horas. 

Me lembro também que no histórico do Ironman Brasil todos os atletas sub 10 chegam no mínimo entre os 100 primeiros atletas e entre os 20 primeiros da categoria 30-34 anos. Ou seja somente entre 5-6% da prova, e eu queria fazer parte dessa estatística. 

Enfim, meu sonho foi realizado e eu fechei a prova em 9h54min com as seguintes parciais: 
Natação 56 minutos T1 6 min Bike 5h04min T2 3 min Corrida 3h44min
Eu só não esperava que com esse tempo, que eu ficaria apenas na 48ª colocação na categoria e a 128ª colocação no geral. Isso e sinal que o nível da prova está maior e que outros atletas também evoluíram. 

O aprendizado que eu tive nessa prova e que eu aprendi a fazer a prova com alegria e zero de ansiedade! Não há mais preocupações bobas e que a partir de agora eu realmente consegui atingir um nível mínimo pra estar entre os melhores da minha categoria e entre os primeiros da prova. Posso enxergar com tranquilidade tempos ainda mais baixos, pois o tempo da minha corrida foi alto e eu já corri 14 minutos mais baixo que isso. Então daqui pra frente e pensar no Hawai, pois agora sim estou em condições de buscar essa vaga. Porém ano que vem não volto em Floripa, talvez um IM na gringa. Depois vou postar passo a passo como foi a minha prova.



quinta-feira, 21 de abril de 2011

LONG DISTANCE CAIOBA

No domingo passado dia 10 de abril eu disputei o Long Distance Caioba no Parana. Demorei a escrever sobre a prova porque a viagen me tirou todas energias, pois foi uma novela chegar até a prova.

Sai de Vitoria as 8:00 horas, fiz conexão no Rio as 12:40! Quando desembarquei em Curitiba as 14:30 eu e meu amigo Leo Bariche tentamos dividir uma vã com duas triatletas que já tinham alugado, mas nem nos deram ideia, fecharam a porta na nossa cara, tudo bem! Partimos então para rodoviaria numa caminhonete que conseguimos, o cara nos cobrou 50 pratas. Pegamos um pouco de transito e chegamos na rodoviaria as 15:00. 

Quando fomos comprar as passagens, uma surpresa! O onibus que saia pra Caioba as 16 horas estava lotado! 
Perguntamos:E qual e o horario do proximo onibus?
Moça: Agora só as 19:30!
Perguntamos:E qual a nossa outra opção, não podemos esperar isso tudo!
Moça:Peguem um onibus que sai as 17:30 pra Paranaguá, de lá vocês pegam outro onibus pra Caioba que fica a 40 km.

Então fizemos assim, afinal não tinhamos escolha, não queriamos ficar na rodoviaria esperando das 15 até às 19:30 pra pegar o onibus. Esperamos duas horinhas e entramos no onibus, porém nossa alegria durou pouco, pois além do transito que pegamos pra sair de Curitiba assim que pegamos a estrada realmente o onibus simplesmete quebrou.

Esperamos na rodovia uma hora e quarenta minutos esperando o outro onibus até que ele chegou. Trocamos as nossas bagagens de onibus e partimos para Paranagua. Assim que descemos já era 20:40, fomos direto para o guichê comprar a passagen pra Caioba, e mais uma surpresa! Só tinha passagen para as 23:30! Então resolvemos pegar um taxi cada um e morrer em mais 75 pilas pra cada. Chegamos em Caioba às 22:00 horas, exautos.

Acho que tudo isso foi compensado na prova, afinal eu consegui fazer a minha melhor prova até hoje em meio ironman. Tudo bem que Caioba não tem as distancias precisas, são 84 km de pedal e 20 km na corrida, mesmo assim o que importa é que eu fiz a minha melhor corrida com pace de 4:29 por km. O pedal não foi bom eu senti uma baixa na segunda volta devido ao enjôo que senti, mas valeu muito a pena ver o tempo final de 4h18min e a 15ª colocação na categoria e um top 50 no geral. Triathlon é assim mesmo, sempre tem uma superação pra vc e nem sempre é na prova!

Obrigado a todos com agradecimento especial ao meu patrocinador "Contauto" por mais essa conquista!





sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

NOVO NOOSA TRI 6

Esperei ansiosamente para colocar o meu tênis noosa tri 6 nos pés desde o final do ano passado, quando eu já tinha o conhecido no mostruáio da Asics. Agora enfim ele chegou e eu já pude experimentar o tênis que e definitivamente irado!!! Onde eu passo todo mundo ou me olha ou quer saber onde eu comprei o tênis, ele realmente chama a atenção por onde quer que eu passo ainda mais hoje, andando com ele vestindo meia de compressão. O conforto do tênis também e realmente incrível.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

INTERNACIONAL DE SANTOS 2011

Participei da prova em Santos esse ano pela segunda vez, a primeira foi em 2008 e meu objetivo esse ano era ficar entre os 10 primeiros colocados na 30-34 anos. Na minha opinião essa prova e a prova mais disputada no formato olímpico sem vácuo  do pais, já que concentra o maior numero de atletas por categoria ou seja um bom resultado aqui e saber que você está entre os melhores dessa distancia. Na minha categoria largaram mais de 150 atletas.

Tudo ocorreu bem até a largada, eu estava bem descontraído e confiante de que faria uma boa prova a tirar pela natação, pois estava estreando uma roupa de borracha mais apertada em comparação a que eu estava usando antes. E uma roupa até inferior e mais antiga, mas a outra tava entrando muita água. Não deu outra, sai em 5º lugar da água e a minha natação ainda não está boa, pois treinei cinco vezes antes de competir. 

Já no ciclismo também comecei super bem e comecei a pedalar forte só perdendo uma posição. Fui progredindo aos poucos e pegando muitos atletas da categoria que tinha largado na frente, mas logo alguns atletas entraram na minha roda e eu bem nervoso pedi que eles saíssem senão iria derruba-lós! Eu não vou ficar puxando carrapato, quer pegar vácuo? Vai fazer prova da CBTRI!!! Fiz o retorno e já comecei a voltar para entregar a bike, andando muito bem, acima das minhas expectativas, quando de repente, aquele atleta que eu havia pedido pra sair passou rindo do meu lado com um grupo de mais 5 atletas. Nesse momento eu acho que ele quis dizer pra mim " e agora o que e que você vai fazer?" não deu outra! Eu simplesmente falei para todos eles que eles não eram "TRIATLETAS" de verdade, eram ladrões, que precisam treinar mais ao invés de comprar todos aqueles equipamentos de ultima geração que estavam usando. Falei mesmo: "vocês são e um bando de mer... ,isso mesmo, pega vácuo mesmo, só assim que vocês conseguem fazer algum resultado, quero ver e pedalar assim sem ajuda dos outros!!! Um deles veio até eu e tentou me amedrontar, gritando, pedindo que eu fizesse a minha prova e que calase a minha boca. Repeti tudo de novo na cara dele e falei pra ele me esperar na area de transição que eu ia fazer ele passar vergonha na frente de todo mundo, não ia brigar com ele, mas mostrar que ele estava errado, afinal estava burlando a regra. 

Sei que não são todos, mas os paulistas tem esse costume de fazer isso nessa prova, eles se juntam ali na prova, pois se conhecem dali mesmo e acabam fazendo pelotões pra se dar bem. Eu saio daqui de Vitóia, gasto passagem, hotel, aluguel de carro etc pra aceitar isso? Não. Se eu ver pegando vácuo pra se dar bem em cima de mim o cara vai ouvir, não vou levar essa pra casa. 

Pois então, dali por diante eu perdi energia mental com esses babacas e meu pedal caiu um pouco de rendimento e ainda as posições pra eles também. Fechei o pedal pra 59min20seg, mas fiz as duas transições tanto da água pra bike quanto da bike pra corrida bem tranquilo, gastando um total de 4 minutos. Uma prova de olímpico com transição de long...rss

Sai pra correr e estava muito quente e úmido e teve um breve momento de caminhada pra jogar água no corpo, finalizei essa etapa em 44min07seg

Fechei a prova na 15º colocação com 2h10min08, ficaria entre os 10 primeiros se esses atletas não me roubassem, mas deixa a consciência deles cobrar isso deles, um bando de vaqueiros!!!



                          

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

LABORATORIO TOMMASI

No inicio desde mês eu fechei um novo apoio com o Laboratório Tommasi. No final do ano passado eu estava me sentindo meio estranho, cansado, senti que algo poderia estar errado com o meu corpo e como eu estava e ainda estou sem um plano de saúde eu não tinha como fazer qualquer tipo de exames pra saber se realmente me encontrava saudável. Entrei em contato com o laboratório Tommasi por intermédio da Drª Karin Rossi, apresentei o meu projeto, que então foi aceito.

O laboratório Tommasi e hoje uns dos laboratórios mais conceituados de todo o Brasil, possui tecnologia de ultima geração o que permite ao cliente um resultado com um alto valor de precisão e fidedignidade. Esse apoio ira me permitir fazer os exames rotineiros que um atleta precisa para controlar suas taxas bioquímicas. A primeira bateria já foi realizada, e até agora, tudo bem comigo, já que minhas taxas se encontram em valores normais de referencias a não ser o sodio que deu abaixo. Segue abaixo a lista de exames realizados:

Hemograma Completo, Glicemia em jejum, Acido Urico, Ureia, Creatinina, TGO, TGP, Gama GT, Fosfatase Alcalina, Bilirrulinas Total/Direta/Indireta, Albumina, TAP, PTTK, Ferritina, Ferro Serico, Transferrina, Anti HIV 1 e 2, HBsag, AntiHBsag, Antivirus C hepatite, VDRL, Sodio, Potassio, Calcio, Magnessio, Acido Folico, Vitamina B12, Colesterol e porções HDL LDL VLDL, Triglicerideos, Insulina Serica, TSH, T4livre, FSH, LH, Testosterona livre e total.

Agora poderei treinar tranquilo, sem a preocupação de saber que tem algo errado comigo, qualquer sensação e apenas o cansaço mesmo, que faz parte da vida de todo mundo que treina. Obrigado ao Laboratório Tommasi por essa oportunidade, deixo aqui o recado para os leitores que gostam de praticar esportes de rendimento! Saibam que não basta apenas treinar, pois você as vezes pode se encontra debilitado por dentro, se isso estiver acontecendo com você como você vai saber??? Fazendo exames periódicos e a resposta, então corra lá pro TOMMASI!!!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

IRONMAN 70.3 PUCON


Depois de tanta expectativa eu finalmente competi em Pucon no Chile e realizei um sonho antigo, desde o dia que eu ingressei para o triathlon. Na véspera de embarcar para a prova eu tive que pegar um bike emprestada, pois descobri na ultima revisão que a espiga do meu garfo havia trincado. Peguei então a bike emprestada com o meu grande amigo Leo Barriche que me salvou dessa roubada!

Cheguei em Pucon na quinta-feira e o tempo já estava nublado, uns brasileiros de SP que pegaram o translado comigo me avisam que a previsão era de chuva para domingo. Chegando lá percebi logo por que o lugar e tão visitado pelos turistas, a cidade e muito bonita e respira esportes de aventura. 

Me acomodei junto com minha esposa no hotel Kernayel que apesar de pequeno e muito aconchegante e tem uma bela vista para o vulcão Villarica. Curtimos a cidade nesses 3 dias antes da prova com algumas corridas e uma volta de bike por parte do percurso. 

Já no sábado para a retirada dos kits e entrega das bikes o clima estava fechado com fortes rajadas de vento e pancadas de chuva com trovoadas. Eu e Jade já estávamos aflitos, pois já sentíamos bastante frio e sabíamos que se aquela condição se mantese estaríamos fritos. Eu logo pensei "não adiantou nada eu treinar debaixo daquele sol escaldante da rodovia do sol a não ser pelo vento". Eu tive que comprar uma camisa de compressão e uma luva de ciclismo antes da prova, pois fui preparado para competir de bermuda e top. 

Seguimos para o hotel debaixo de muita chuva e muito frio e assim dormimos  (ou quase) adrenalizados e torcendo, pedindo a Deus pra que pelo menos a chuva parasse. 


Acordei e vi que o pior havia chegado, a chuva aumentou, o vento aumentou e a temperatura caiu ainda mais chegando a 5º graus. Sai para a prova muito sentido, pois não era aquilo que eu tinha projetado e mal sabia como eu poderia largar numa prova dessas com tanta chuva, vento e frio. 

Cheguei para a pintura da numeração e ao tirar a camisa quase congelei, minha esposa sequer levou o matéria para a prova, já havia desistido no hotel tamanho era o frio e a má condição do tempo. No saguão do hotel haviam muitos atletas aflitos olhando para fora assistindo o vento envergando as árvores e arrastando as cadeiras. O que me deixou puto da vida foi ver alguns atletas sem camisa prontos pra largar, sempre tem uns que não estão nem ai, mas provavelmente são os gringos habituados a baixas temperaturas em seus países, pois os brasileiros estavam todos batendo queixo. 

O tempo passou e vamos informados que a largada seria atrasada em uma hora e que haveria um novo congresso técnico. Nessa hora vamos informados que por questão de segurança a prova passaria a ser um duathlon com uma corrida de 5 km no lugar da natação. E que se possível os atletas evitassem andar no clip, pois as rachadas de ventos junto com o asfalto molhado seria fácil beijar o chão. A chuva deu uma trégua e eu larguei mais empolgado pensando que a chuva não voltaria. 

Na largada eu me posicionei bem na frente, e corri os 5 km pra 20' minutos. Ao começar a primeira volta da bike tudo parecia bem, eu me senti bem e sai forte e cheguei no segundo bloco dos amadores. No fim da primeira perna o frio começou a pegar já que com o vento contra e gelado esfriou rapidamente o corpo da primeira corrida. Segui para a cidade já sentido as pernas duras e com os óculos embaçando a toda hora, pois o vapor que saia da boca era intenso. 

A chuva começou novamente e bem forte como uma tromba d'agua a partir dai tudo começou a piorar. Mesmo assim consegui fechar a primeira volta pra 1h15min, mas sabia que a segunda volta a media cairia. Não deu outra, ela começou a despencar, pois nessa hora começou a chover granizo fino e minhas mãos e pés começaram a perder a sensibilidade e o movimento, estavam congelando. Se manter segurando no glip ou no guidão era uma missão difícil pois eram de alumínio e estavam totalmente congelados também. 
Para subir as ladeiras eu chegava a quase 10 km/h comecei ali a perder muita energia além das posições, que para alguns atletas não pareciam ser afetados. Na entrada da cidade o vento era tão forte que tive que sair do clip, cheguei na transição com 2h39min de pedal.

Quando desci da bike estava uma enorme chuva, ao pisar no chão não sentia meus pés e ainda parecia que dentro do meu tênis havia uma pedra. A sorte foi que minha esposa estava lá me esperando debaixo de toda aquela chuva morrendo de frio. Quando sentei no chão para tirar minhas meias de compressão que estavam muito molhadas, eu não conseguia dobrar os dedos das mãos, meu quadríceps começou a ter contrações involuntárias e eu não sabia o que fazer. Minha esposa me jogou uma toalha e eu consegui esquentar um pouco as mãos. Tirei a meia molhada e coloquei meias secas e sai para a corrida, tudo isso me custou quase 10 minutos. 

Na metade da primeira volta meu corpo esquentou e eu comecei a correr muito bem, parei apenas para tirar a camisa de frio que eu estava e para consertar o meu numero, pois com toda aquela confusão fiquei com medo de eles não anotarem o meu numero, pois o sistema de chip poderia apresentar problemas com toda aquela chuva. O percurso da corrida e bem duro com muitas subidas e descidas eu ainda consegui fechar essa etapa para 1h42minutos. No final eu fiquei muito muito satisfeito, pois voltaria pra casa pelo menos com a minha medalha de finalista. Minhas ambições era de chegar entre os 10 primeiros colocados, mas depois que eu vi o resultado geral, percebi que não fui tão mal assim nessas condições, até porque fui o único que perdi esse baita tempo na T2. 

Infelizmente minha esposa não fez a prova o que me deixou muito triste, mas agradeço muito a ela por todo apoio dado pra mim durante a prova. Com certeza vamos voltar lá pra que ela realize a prova na próxima vez. 

Na minha categoria foram 23 atletas que não largaram e 9 atletas que abandonaram a prova. 

Confiram os resultados em: http://fundaventura.com/res/Pcn11/b.php


quarta-feira, 5 de janeiro de 2011